No dia 7 de junho, a Igreja Católica celebra a memória de Santo Antônio Maria Gianelli, um bispo italiano do século XIX que se destacou por sua incansável dedicação aos pobres, à formação do clero e à educação da juventude. Sua vida foi um testemunho eloquente da caridade pastoral e de uma profunda confiança na Divina Providência.
Nascido em 12 de abril de 1789, em Cereta, na Ligúria, Itália, Antônio Maria cresceu em um ambiente familiar simples e profundamente cristão. Desde cedo, demonstrou notável inteligência e uma forte inclinação para a vida religiosa. Ordenado sacerdote em 1812, destacou-se como professor de retórica e teologia, mas seu coração ardia pelo trabalho pastoral direto com o povo.
Como pároco em Chiavari, demonstrou um zelo extraordinário, introduzindo inovações pastorais e dedicando-se incansavelmente à pregação, às confissões e ao auxílio aos mais necessitados. Sua preocupação com a educação das meninas pobres e abandonadas o levou a fundar, em 1829, a Congregação das Filhas de Maria Santíssima do Horto, conhecidas como “Irmãs Gianellinas”. O carisma da congregação é a “caridade evangélica vigilante”, um chamado a estar atento e a responder prontamente às necessidades dos irmãos.
Em 1838, foi nomeado Bispo de Bobbio, uma diocese que enfrentava grandes desafios espirituais e materiais. Com energia e sabedoria, Dom Gianelli empreendeu uma profunda reforma, reorganizando o seminário, promovendo a formação permanente do clero e visitando todas as paróquias, mesmo as mais remotas e de difícil acesso. Seu episcopado foi marcado por um governo pastoral próximo, simples e totalmente dedicado ao bem das almas.
Além de sua obra com as Irmãs Gianellinas, Santo Antônio Maria Gianelli também fundou uma congregação de sacerdotes, os Oblatos de Santo Afonso, para as missões populares e o auxílio ao clero.
Morreu santamente em 7 de junho de 1846, aos 57 anos, deixando um legado de fé, caridade e serviço. Foi beatificado pelo Papa Pio XI em 1925 e canonizado pelo Papa Pio XII em 21 de outubro de 1951. Hoje, as Filhas de Maria Santíssima do Horto continuam sua missão em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, atuando em escolas, hospitais e obras sociais, perpetuando o carisma de seu santo fundador.
Beata Ana de São Bartolomeu: A Companheira Fiel de Santa Teresa de Ávila
No mesmo dia 7 de junho, a Igreja também recorda a Beata Ana de São Bartolomeu, uma freira carmelita espanhola, conhecida por ter sido a fiel secretária, enfermeira e companheira de Santa Teresa de Ávila nos últimos anos de sua vida. Após a morte da grande reformadora do Carmelo, Ana de São Bartolomeu teve um papel fundamental na expansão da Ordem Carmelita Descalça na França e na Bélgica. Sua vida de humildade, serviço e profunda espiritualidade a tornou uma figura venerada. Foi beatificada em 1917.